26 setembro 2013

A iluminação é um item de enorme importância na decoração da casa. É ela que, além de ser essencial para a funcionalidade, exalta o “clima” que vc imaginou, chamando atenção para os pontos fortes, transformando um detalhe em ponto focal do ambiente e  “escondendo” os pontos fracos.
Mas para conseguir estes objetivos é necessário que a iluminação seja bem planejada e executada.


Esta sala tem bons exemplos. Veja estes itens importantes: 1) A iluminação sobre a mesa de jantar ilumina todo a área da mesa de forma quase homogênea e está na intensidade certa(nem forte nem fraca demais). 2) A altura e largura da luminária não atrapalham nem quem está sentado, nem quem estaria em pé servindo, por exemplo. 3) Os spots localizados na parede da escada estão bem posicionados, criando todos praticamente o mesmo efeito na parede. 4)Além de iluminar os degraus eles chamam a a atenção para o revestimento da parede, em um bonito azul fosco. Sua intensidade também está correta. Fortes demais eles “estourariam” e vc só veria um grande brilho, mas não o revestimento. 5) No teto há 2 spots, com luz mais intensa (veja a sombra no piso) que iluminam bem  o corredor atrás da mesa de jantar sem atrapalhar a luz que vem da luminária sobre a mesa. (chato que esta foto foi tirada de dia, mas dá para ver a suavidade desta iluminação,como ela faz o seu trabalho sem querer “aparecer” demais…)


Nesta bonita sala observe o reflexo que a iluminação da mesa de centro produz no teto. Ele é causado pelo vidro da mesa – como já falei, este é um grande problema da iluminação: resolver os reflexos – Neste caso uma luminária com vidro leitoso ou simplesmente não iluminar com foco direto a mesa resolveria. O conjunto de spots não está centralizado em relação à mesa e a luz parece muito intensa – veja o tapete.  Além disso, a grande quantidade de spots no forro “polui” o ambiente. É bom lembrar que spots fixos no forro direcionados para um item/móvel/quadro específico diminuem a possibilidade de mudanças.
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Nesta foto, observe a (péssima) forma de colocação do trilho na parede e o posicionamento incorreto dos 2 spots centrais. Não adianta ter uma peça de iluminação de boa qualidade e instalá-la de forma “amadora”.
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Aqui 2 exemplos: Um ótimo e outro bem ruim, de iluminação de revestimento com textura: No 1o., a luz enfatiza as texturas e ilumina, de forma variada, grande área do revestimento. Na 2a foto, a intensidade da luz é alta e “chapa” a canjiquinha, não permitindo que se veja a sua beleza.
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Acima, na 1a foto, a luz dos spots incide sobre a moldura dos quadros, que acabam mal iluminados (e com perigo de sofrerem danos se as luzes emitirem calor, como as dicróicas). Na 2a foto uma boa forma de iluminar quadros: Os spots, mais distantes, lançam uma luz quase homogênea por toda a área frontal do quadro.
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Nas fotos acima o uso daquelas luminárias de cuja beleza faz parte o jogo de luz e sombra nas paredes. Mas as tais paredes devem estar a uma distância tal que o efeito seja eficiente… Na minha opinião, a 2a luminária por estar muito distante das paredes (foi usada como uma luminária central), acaba provocando “manchas” disformes nestas, prejudicando sua beleza.
Concluindo, é necessário planejar a iluminação, escolher as luminárias e luzes corretas para o que se pretende e instalar da melhor forma.  Sem isso, a iluminação não atingirá os objetivos pretendidos.

24 setembro 2013

On 16:02 by Sserviços   No comments
Algumas pessoas compram casas velhas por um preço bastante baixo, visando à reforma. Entretanto, essa investida pode acabar numa fria.


Motivos para a reforma


Ilustração sobre reforma de casas

O mercado imobiliário, atualmente, está muito em alta e cada vez mais crescente. Muitos possuem imóveis que, há algum tempo, não passavam por alguma reforma, estão mudando de idéia, pois os proprietários resolvem primeiro reformar a casa velha, para depois alugar ou vendê-la.


A reforma de uma casa velha, às vezes, é mais cara do que a construção de uma nova; porém, em muitos casos o dono não leva em conta o custo e prefere reformar porque recebeu o imóvel em alguma herança nas maiorias das vezes, já pertenceu à família e a pessoa prefere preservar as origens em homenagem à memória dos pais, ou outro parente próximo. E por isso, resolvem reformar, para que, a casa seja preservada. Se a casa antiga estiver com uma boa estrutura é possibilitado conservar tudo, da fachada da casa até na cobertura, pisos internos e externos.

Homem trabalhando em reforma de casaQuando o poder aquisitivo do dono é grande, ele até contrata um arquiteto ou engenheiro, que são pessoas apropriadas para resolver todos os desafios da reforma de uma casa velha. Se não tiver condições de contratar um arquiteto, o dono pode optar e resolver se ele mesmo poderá orientar os pedreiros, para que possa haver uma boa reforma. Com a tecnologia bem avançada, podem-se usar vários recursos para que o proprietário tenha orientações de como proceder durante uma reforma. Uma casa velha pode ser reformada preservando as características externas.
Podem também serem reformados espaços internos, sem mexer na estrutura da casa, com soluções econômicas referentes à manutenção e uso da residência, como instalação de placas de aquecimento solar. O aproveitamento de peças da casa velha em bom estado pode ser muito útil na reforma de uma casa velha, pois comprar tudo novo nem sempre é possível, e quando existe a opção de reutilizá-los é muito bom, pois também facilita no momento da reforma.
Portanto, a reforma de casas velhas é uma das opções para pessoas que não querem se desfazer de suas casas meio antigas, e para aqueles que podem reformar ao seu gosto está ai a alternativa, o resultado certamente será muito bom.

02 setembro 2013

On 17:55 by Sserviços   No comments

Aquecer a água da banheira, acionar cortinas e persianas, controlar a iluminação, irrigar jardim... Comandos automatizados  trazem o hi-tech para a sua casa.


Todas as possibilidades de automação de uma casa, incluindo controlar o funcionamento de equipamentos domésticos por smartphone ou tablet, são reais e cabem no bolso de cada vez mais pessoas. Cerca de 300 mil residências em todo o país possuem, hoje, algum tipo de automação, segundo a Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside), e esse número deverá crescer cinco vezes até 2015. “Os preços baixaram, a competência das empresas aumentou e as possibilidades só têm um limite: a nossa própria imaginação”, diz Eduardo Almeida, diretor da Disac, empresa que executa projetos dessa natureza.

ual a melhor solução de automação para sua casa?

A resposta que os bons profissionais do ramo vão lhe dar é: transformar em automático algo que você já usa no dia a dia e exige esforço ou manobras complexas. Por exemplo, controlar uma cortina ou persiana que é aberta ou fechada várias vezes por dia, irrigar um jardim ou quintal, acender um grande número de luzes distantes do ambiente em que se costuma ficar. “Essa automação torna-se mais inteligente quando se vincula mais de uma ação simultânea a um único comando”, explica Bruno Pereira, coordenador de Marketing de Sistemas da Legrand. “Apertar apenas um botão, virtual ou real, para, por exemplo, acender determinadas lâmpadas e, ao mesmo tempo, abrir as cortinas e ligar o ar-condicionado é o que se chama criar um cenário.” Para o bom funcionamento integrado, segundo Bruno, é necessário ter um controle central, do qual partem os cabos que irão até os aparelhos automatizados. O controle dos cenários ou dos equipamentos individuais pode ser feito por painéis fixos nas paredes, os keypads, ou por aparelhos wireless, como celulares e tablets, bastando baixar pela internet os aplicativos fornecidos pelos instaladores.

Nos últimos dois anos, surgiram produtos que funcionam exclusivamente com aparelhos wireless, evitando assim o quebra-quebra de paredes. Explicado de maneira simples: cada cortina, conjunto de luzes, ar-condicionado etc. tem seu próprio receptor que capta o sinal do celular ou tablet, executando sua função. “Tenho experiências diversas com o wireless”, conta a arquiteta paulistana Fernanda Negrelli. “Em Miami, onde instalei o sistema num apartamento, toda a automatização é sem fio e nunca deixou de funcionar. Jamais houve problemas”, conta. “Aqui no Brasil, talvez por nossa banda larga ainda ser lenta, já encontrei problemas e interferências.”

A chegada do celular à automação residencial

Controlar e programar equipamentos da casa à distância – como cenários de iluminação, home theater, cortinas e ar-condicionado – não é novidade. Mas a chegada dos smartphones e tablets causou uma revolução ao permitir a convergência de todos os controles num único aparelho portátil e móvel. É fácil assim: se um pai estiver no Japão e desconfiar que o filho resolveu assistir a um filme em vez de estudar, pode desligar a TV com um toque na tela do celular. Ou checar, acionando as câmeras de segurança, a situação em volta de sua casa. “Durante muito tempo, pensou-se nessa tecnologia como algo chique, para fazer inveja aos vizinhos, mas hoje ela se mostra inclusiva e democrática”, diz Gabriel Peixoto, dono da empresa Neocontrol e professor no curso de Telecomunicação da PUC-MG.

14 possibilidades da Automação (de abrir a porta a aquecer o piso)

1. Monitoramento e abertura de porta. A senha e a biometria só liberam pessoas autorizadas, e a câmera pode ser checada por celular ou tablet. Alguns sistemas enviam SMS quando alguém entra na casa.
2. Cuidados com a água da piscina. Em intervalos programáveis, a água esquenta e o filtro liga. Além do conforto, isso permite economizar a energia elétrica utilizada pelas bombas hidráulicas.
3. Programação de cenários de iluminação. Esse é o mais procurado item de automação. Aciona diferentes combinações de luzes: para jantar, ler na poltrona, ver TV ou dar uma festa. O número de cenários é quase ilimitado.
4. Controle de aquecimento e ar-condicionado. Além de poderem ser ligados individualmente, esses aparelhos costumam compor dobradinhas com as luzes e o home theater para obter o clima desejado.
5. Aquecimento de piso. Muito usado nos estados do Sul do Brasil, permite regular a temperatura em cada ambiente. Com a convergência num único controle, combina-se com luzes e compõe cenários. Acoplado a um termostato, liga automaticamente.
6. Preparação do banho. Outro clássico da automação. Ganhou ainda mais charme com a possibilidade de ser controlado via rede wireless. Do escritório, você já manda sua banheira ir aquecendo e controla as bombas da hidromassagem.
7. Acionamento de torneiras por toque e iluminação. Basta apoiar as mãos sobre a bancada da pia para que as torneiras se abram e luzes se acendam automaticamente, iluminando o espelho. Uma mão na roda quando se carrega algo.
8. Integração total no home theater. Equipamentos pioneiros da automação, os home theaters são os mais integráveis: compõem cenários com cortinas, luzes, áudio, vídeo e telefonia.
09. Aquecimento do fogão e controle da geladeira. Que tal chegar em casa e encontrar pães de queijo quentinhos? Os fogões programáveis cuidam disso. Também dá para monitorar se alguém “assalta” a geladeira.
10. Abertura e fechamento de teto solar. Por meio de smartphone e tablet, dá para fechar a claraboia esquecida aberta antes do temporal ou escancará-la para refrescar a casa quando chega a noite.
11. Acionamento da lareira a gás. Nada de juntar gravetos e soprar brasas. Hoje, lareiras podem ser acesas por um dispositivo do tamanho de um chaveiro ou por tablet e smartphone. Mas é melhor nunca fazê-lo de fora de casa.
12. Aspiração central. Pontos de sucção em vários cômodos conduzem o pó aspirado, por uma rede interna de tubos, até uma central. Basta acoplar o tubo aspirador ao ponto de sucção para ligar o sistema.
13. Irrigação do jardim. Molha as plantas em horários determinados. Assim, o dono da casa pode viajar sem que suas flores sofram. Ligada a um sensor de umidade, libera a água só quando o solo está seco.
14. Manipulação de cortinas e persianas. Faz com que elas componham cenários com o home theater, o quarto... Pode-se programá-las para escurecer salas voltadas para o Sol ou abri-las de manhã.

Quem são os consumidores de automação residencial

Entusiastas - 14%
Conhecidos como nerds, sentem-se atraídos por todo tipo de inovação e se esforçam para comprá-lo, mesmo se isso exigir sacrifício financeiro. “Trata-se daquelas pessoas que, entre trocar o sofá ou adquirir uma novidade tecnológica para a casa, escolhem a segunda alternativa”, explica José roberto Muratori. Ao contrário do que se pensa, há um número grande de mulheres entre eles.

Visionários - 16%
Com os entusiastas, formam o grupo que está do lado de cá do abismo. Ou seja, conhecem e consomem os produtos assim que eles são lançados experimentalmente, antes mesmo de chegarem à praça ou de terem sua eficiência comprovada. Entusiasmam-se principalmente por entretenimento e aparelhos que propiciem mobilidade. Encaram a tecnologia como brinquedo.

Metropolitanos - 6%
É a primeira categoria que povoa o lado de lá do abismo. Seus integrantes só passam a incorporar as novidades tecnológicas após terem certeza de que elas funcionam – por exemplo, depois que o vizinho comprou o produto e atestou sua eficácia. apresentam certa queda por eletrônicos, mas querem soluções simples que resolvam os desafios da vida urbana.

Heróis do lar - 20%
Nessa categoria encontram-se casais jovens em busca de saídas práticas para as dificuldades da vida familiar. algo para dar mais segurança às crianças, conforto e acessibilidade aos parentes idosos, evitar brigas pelo controle remoto da TV... Esse grupo exige a comprovação de que os equipamentos de fato funcionam e entregam aquilo que prometeram.

Críticos - 17%
Juntamente com os dois grupos anteriores, costumam aderir às novidades num prazo que se estende por até cinco anos após sua chegada ao mercado. Seu comportamento é ambíguo: não são fanáticos por tecnologia, mas concordam em implantá-la, desde que se prove fácil de operar.

Sonhadores - 12%
Aderem à modernidade, mas pode-se dizer que o fazem quase de má vontade. Sentem-se deslocados num mundo cheio de leds, wireless, tablets e outros nomes que costumam confundir. Queriam voltar a um tempo em que tudo parecia mais simples e fácil de manusear. Quando veem algum lançamento nessa área, repetem a mesma frase: “ah, vou esperar mais um pouco para ter um desses”.

Conservadores e céticos - 15%
Últimos a aderir a qualquer gadget, só os incorporam uma década depois de eles surgirem. Hoje, seriam capazes de perguntar: “Ouvi falar de um tal de iPod, que é uma espécie de Walkman sem fita cassete. Ele funciona mesmo?” O iPod foi lançado em 2001; o Walkman, em 1973. Tradicionalistas, sentem-se desconfortáveis com as mudanças e, pior ainda, precisam de ajuda para usar os aparelhos, o que lhes vale gozações e constrangimentos. representam 15% do mercado, uma barreira a ser transposta para a difusão plena da automação residencial.

Linha do tempo da automação

1930 - Interruptores triway. O sistema de acendimento no qual uma lâmpada (ou um conjunto delas) é acionada por diferentes interruptores é o antepassado jurássico dos sistemas de automação que hoje criam cenários de iluminação.
1962 - The Jetsons. De um lado, esse desenho animado familiarizou o público e a indústria com a automação. De outro, argumenta-se que seus exageros associaram-na à ficção científica.
1976 - Aparelho de vídeo VHs. É considerado o fim da ditadura da TV. Numa época em que nem se sonhava com TV por assinatura e pay-per-view, permitia gravar capítulos de novela, filmes e jogos.
1994- Internet e home theater. A internet discada já permite conectar o computador a câmeras de segurança, e os primeiros home theaters incentivam a convergência de diferentes mídias, como iluminação, áudio e vídeo.
2000 - Luzes por controle remoto – A IBM traz para o Brasil o X10, protocolo para interligar cenários de luz. Sua vida foi curta, mas emblemática. Era o início da popularização dos sistemas automatizados.
2005 - Nasce a convergência. Cortinas, luzes e ar-condicionado podem ser acionados e coordenados num único controle. Mas é preciso quebrar paredes para instalar cabos e controles.
2010 - A revolução sem fio. As redes wireless existem desde 1997, mas a informatização sem cabos, teclados e mouses só se tornou real com a chegada dos tablets.

Seis exemplos com luminárias embutidas, forros e luzes de sinalização.

Localizado entre o living e os quartos deste apartamento em São Paulo, o corredor se transformou na galeria de fotos da família. No forro rebaixado de gesso, mini-spots direcionáveis (La Lampe) com dicroicas de 20 w enfocam as imagens na parede. “Como estão deslocados do centro do corredor, não criam sombras nas pessoas”, explica o arquiteto Leonardo Junqueira. As luminárias reaparecem entre os painéis de madeira laqueada que interrompem a monotonia deste ambiente com 9 m de extensão. 

Quem percorre este corredor com 11 m de extensão, numa casa no Rio de Janeiro, nota rapidamente o detalhe no teto bolado pela designer de interiores Paola Ribeiro. “Ele ficou mais leve com a iluminação embutida em todo o perímetro do forro”, explica a profissional. A sanca, descolada 10 cm da parede, esconde fluorescentes T5 de 28 w, eficientes e duráveis. Usados como balizadores, os dois rasgos criados na parede com luminárias da Prolight encontram-se a 45 cm do piso. Os recursos luminotécnicos funcionam em circuitos independentes, o que permite acionar um por vez.

Próxima da porta de entrada, a escada desta cobertura no Rio de Janeiro é um marcante cartão de visita. Os degraus de travertino, sustentados por uma estrutura metálica, contam com balizadores instalados na parede a 15 cm de altura. Lâmpadas bipino produzem uma luz suave que demarca o caminho, como nos cinemas. Uma placa de vidro temperado incolor, engastada no piso e no teto, separa essa área do corredor. Nele, o rodapé com leds âmbar, instalados a 10 cm do chão, realçam a área de circulação. No teto, além dos spots com lâmpadas dicroicas, o arquiteto André Piva criou uma sanca no forro de gesso (10 cm de largura) que reúne lâmpadas fluorescentes de tonalidade quente.


O hall de entrada deste apartamento em São Paulo já foi apertado e sem graça. “Integrado à sala, ele conquistou amplitude e a claridade vinda dos ambientes vizinhos”, explica o arquiteto Ricardo Caminada, que ainda revestiu a parede de espelho. Quem chega é surpreendido pelo iluminado banco-aparador de madeira de demolição. Chumbado a 45 cm do piso, ele tem um rebaixo na parte inferior para a fixação do perfil metálico com soquetes e lâmpadas xenon. “Elas clareiam de forma suave, uniforme, e trazem aconchego”, diz Ricardo. No teto, spots com dicroicas de facho aberto de 50 w servem de luz geral. Luminárias e projeto luminotécnico da La Lampe.



Quando planejam a iluminação de um ambiente, os arquitetos Alessandra Marques e Rodrigo Costa, do Studio Costa Marques, sempre buscam uma alternativa geral e outra cênica. Tal partido também foi seguido no corredor deste apartamento paulistano com 6 m de extensão. Os dois recursos estão concentrados na mesma sanca (15 cm de largura), criada no forro de gesso e afastada 12 cm da parede. Ela funciona com lâmpadas fluorescentes T5 de 28 w e cor 830 – versão mais quente que serve de luz geral. Também há uma fita de led de 1 w, colocada com adesivo. “Para acionar o tipo de iluminação desejada, não é necessário dimmer, pois projetamos dois circuitos com interruptores separados”, explica Alessandra. Instalação realizada por Sandro Teles.


Para a arquiteta Laura Larrubia, especialista em iluminação, as luzes tinham de valorizar a entrada desta casa na zona sul de São Paulo sem competir com a arquitetura assinada por Vasco Lopes. “Busquei destacar a parede de pedra moledo [tipo de granito] de maneira discreta e elegante”, afirma a profissional. Assim, o grande muro (5 x 8,50 m) foi evidenciado delicadamente por luminárias embutidas no piso (modelo XMK PL 202, da Lumini) dotadas de halógenas halopin de 40 w. 

Para receber com estilo, a iluminação na entrada da casa precisa criar impacto, mas sem incomodar. Se houver quadros, os spots com dicroicas são a melhor pedida para realçá-los. Uma parede texturizada pode ganhar importância com luz vinda de cima – efeito wall washing (lavando a parede, em tradução livre). Em locais com pé-direito duplo, um pendente cai bem. Nas escadas e nos corredores, os balizadores projetam luzes suaves e demarcam o caminho. A arquiteta Laura Larrubia, de São Paulo, indica rasgos no forro, com fluorescentes T5, para as áreas de passagem que ficam acesas bastante tempo. “Além dessas lâmpadas econômicas, de longa vida útil, pode-se adotar as fitas de led”, orienta. Sensores de presença ou sistemas de automação contribuem para o consumo racional de energia.
On 17:34 by Sserviços   No comments

Agora, a iluminação pertence também ao universo da eletrônica. Quem mudou a cena foram os diodos emissores de luz, que já aparecem em lâmpadas e luminárias.

À esquerda: leds presos em perfis metálicos destacam a casa noturna assinada pelo arquiteto paulista Guto Requena. À direita: ora o espelho livingshapes é puro reflexo, ora está aceso. Da Philips.

O que é:

Seu nome deriva do inglês light emitting diode, ou led. Trata-se de um pequeno ponto, do tamanho de um grão de areia, com capacidade de gerar luz através de fios condutores microscópicos por eletroluminescência (produção de energia luminosa quando os elétrons mudam de camada). O processo exige uma fonte de abastecimento.

Quais são as vantagens?

Basicamante, o tamanho reduzido, a vida útil (uma lâmpada com led dura 25 vezes mais que uma incandescente comum), a emissão reduzida de raios infravermelhos e nula de ultravioleta. A eficiência é alta: 90% da energia vira luz. Também pode funcionar em RGB, ou seja, numa gama enorme de cores. No descarte, não libera mercúrio, como as fluorescentes.

E as desvantagens?

O Brasil ainda não dispõe de regras que estabeleçam níveis específicos de temperatura de cor (na tonalidade da luz), índice de reprodução de cor e durabilidade, o que deixa produtos muito díspares no mercado. A norma publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) propõe as bases para uma normatização, ainda sem aprovação do Inmetro.

Principais aplicações

A iluminação feita com led propaga pouco calor no ambiente e vai muito bem para realçar obras de arte e outros itens que se estraguem com a incidência de raios UV. Os pontinhos aparecem em fitas luminosas e luminárias pequeninas (como balizadores) e recheiam lâmpadas de diversos formatos (inclusive imitações das tradicionais).

Vai acontecer em breve

“Com a melhoria tecnológica, os preços devem cair drasticamente”, avalia Georges Blum, presidente-executivo da Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação. Previsto para 2016, o banimento das incandescentes promete impulsionar mais a oferta das lâmpadas com led.

Palavra de especialista

“No Brasil, cerca de 10% da iluminação é feita com led, contra 80% no Japão”.
Vinicius Marchini, sócio e diretor da fabricante Brilia.

OLED: a evolução do led emprega moléculas de carbono

O que é:

Um componente orgânico encapsulado entre lâminas de vidro batiza este outro diodo. Com a passagem da corrente elétrica, ocorre a eletroluminescência, assim como no led. A principal diferença é que o organic led não é um ponto, mas uma superfície. Já há opções com 2 mm – e o acionador caminha para espessuras igualmente reduzidas.

Quais são as vantagens?

Entre suas qualidades mais valiosas destaca-se, sobretudo, o fato de ser uma fonte luminosa plana, além da possibilidade de o oled ser produzido em versão maleável (com camadas de material plástico em vez de vidro) e/ou transparente (caso sejam utilizadas lâminas incolores). Como a luz se distribui pela superfície, não gera ofuscamento.

E as desvantagens?

Trata-se de uma tecnologia nascente. Os raros produtos que existem atualmente têm preços elevados, quando não inalcançáveis. Além disso, a capacidade de gerar luz do oled ainda é diminuta. O componente orgânico com que é produzido varia conforme o fabricante, porém, em todos os casos, oxida se exposto: precisa ser mantido num sistema selado.

Principais aplicações

As primeiras luminárias devem chegar em breve ao Brasil (ainda são raras, pois é preciso somar muitos oleds para garantir boa luminosidade). Até agora, o dispositivo tem sido aplicado em peças nas quais a necessidade de clarear é secundária, como lanternas decorativas e espelhos. Há protótipos na sinalização e no teto solar de automóveis.

Vai acontecer em breve

A perspectiva é que os oleds fiquem mais potentes e sirvam efetivamente à iluminação. Fala-se também em revestimentos (de móveis, paredes etc.) luminosos, e os fabricantes de eletrônicos trabalham no desenvolvimento de TVs ultrafinas, telas de celular e notebooks flexíveis.

Palavra de especialista

“O oled surgiu inspirado nos vaga-lumes, que ‘acendem’ devido a uma reação química”
Euben Monteiro Jr., vice-presidente da Philips para a América Latina.

Em três meses, o mezanino do sobrado se transformou em uma confortável área para ler, relaxar, estudar e armazenar livros.


Um refúgio para ler, relaxar, estudar e guardar os livros. Esse era o desejo da médica da cidade paulista de Bebedouro. O primeiro passo ela deu ao reformar o sobrado onde vive: aproveitou o vão entre a estrutura do telhado e o forro do quarto para criar um mezanino de 17,50 m², com piso de porcelanato e janelas que convidam a claridade a entrar. O passo seguinte foi organizar o espaço, encarando as limitações impostas pelo pé-direito entre 1,04 m e 2,08 m. Nessa fase, contou com a designer de interiores Sarita Ávila, de Ribeirão Preto, SP. Para armazenar publicações e papéis em geral, a profissional desenhou estante, prateleira, arquivo e nichos. A generosa bancada atende bem à necessidade de um local para o computador e, no trecho onde o teto é mais baixo, encaixou-se o agradável canto de leitura. “Do projeto à entrega, foram três meses”.